Confira reportagem extraída do jornal "O Povo", de Fortaleza, com os participantes cearenses do programa.
SAM ALVES
Samuel Alves nasceu em Fortaleza, mas aos quatro anos de idade foi embora para os EUA com os seus pais. Foi em Fall River, no estado de Massachusetts, que Sam e seus pais iniciaram uma nova vida. Em 2003, sua mãe o instruiu para cantar no coral da igreja que frequentava. Eis o primeiro contato de Sam com a música. Nesse mesmo ano, Sam e sua mãe retornam ao Brasil em um trabalho missionário da igreja na qual congregavam. Em Brasília, Sam passou a cantar com sua irmã Samara e, ainda por aqui, gravaram o álbum “You Are Lord”. Retornando para os EUA, Sam passou a concentrar-se mais em sua carreira solo. Neste mesmo ano surgiu a oportunidade de participar da versão americana do The Voice. Nas audições, Sam cantou Feeling Good, de Michael Bublé; não passou, mas deixou Shakira emocionada e arrependida por não ter apertado o botão. Agora, Sam vê no The Voice Brasil, a chance de mudar sua carreira.
O POVO: Você foi embora de Fortaleza ainda muito novo e só retornou muito tempo depois para lançar o seu primeiro álbum. Quais as lembranças que você tem dessa cidade?
Sam: Eu sempre estou visitando Fortaleza e sempre que posso passo minhas férias aí. Faço questão de ir às praias. Aproveito a culinária e como de tudo o que eu tenho de direito. Adoro peixe e caranguejo! Claro que não deixo de fora a oportunidade de saborear as várias opções de sorvete da 50 sabores, o que falta no Exterior. As minhas compras eu faço no Mercado Central, e sempre vou à feira da Beira Mar à noite. Faço questão de dormir em rede todos os dias.
OP: Lá nos EUA você conseguiu consolidar sua carreira, cantando, principalmente, música gospel. Você acha que se tivesse ficado no Brasil estaria cantando da mesma forma?
Sam: Eu não acredito que estaria cantando da mesma forma. Por ter tido a oportunidade de morar no Exterior, as influências da música pop americana realmente fizeram parte da criação do meu perfil musical.
OP: Você fazia dueto com a sua irmã, Samara. Por que optou partir para a carreira solo?
Sam: Não foi uma escolha. Simplesmente foi a vida que nos separou geograficamente, e cada um tomou seu caminho. Apesar de viver distante dela persisti no meu sonho de trilhar minha carreira musical.
OP: Por que resolveu participar do The Voice Brasil?
Sam: Foi uma oportunidade que agarrei num momento em que eu estava pensando qual seria meu próximo passo a seguir lutando pelo meu sonho. Temos que aproveitar todas elas, então pensei: por que não tentar no meu país?
OP: Quais suas referências musicais?
Sam: Admiro muito o Michael Jackson e a Whitney Houston. Os dois dominavam a expressão em suas performances.
OP: Todos os quatro jurados viraram para você. Por que optou pelo time da Cláudia Leitte?
Sam: Eu nunca imaginei que as quatro cadeiras fossem virar. Eu esperava uma ou duas e queria que uma delas fosse a da Claudia Leitte. Eu conhecia as músicas dela, e a carreira dela por já ser muito popular na época em que estudei o ensino médio aqui no Brasil. Também optei por ela pela afinidade musical, por ela também gostar do estilo de música que eu gosto.
OP: Está tocando algum outro projeto além do programa?
Sam: Não, no momento não tenho nenhum projeto além do programa. Meu foco agora está 100% no The Voice Brasil.
DÉBORA CIDRACK
Débora Cidrack iniciou sua carreira musical logo após o seu aniversário de 15 anos, quando o seu vídeo de apresentação foi superelogiado pelos familiares e amigos e a impulsionou a apostar na música. Ainda nessa época, foi para os Estados Unidos fazer um intercâmbio cultural e aprimorar-se na língua inglesa. Retornando ao Brasil, estudou canto lírico e logo depois começou a integrar bandas que badalavam as noites fortalezenses, como Baby Dolls, Marajazz e Matutaia. Depois de muito tempo na noite de Fortaleza, Débora partiu para São Paulo, onde mora há seis anos. Por lá participou de um concurso no Domingão do Faustão, que elegia a nova vocalista da banda Domingão. Ainda como resquício de sua participação no programa, teve a oportunidade de conhecer Selma Lins e passou a integrar o grupo Valkírias, no qual atuou como vocalista e compositora. Atualmente, faz parte do grupo pop eletrônico Shameless.
OP: Por que resolveu participar do The Voice?
Débora: Eu acompanhava com meu esposo Heric as versões americana e inglesa do programa e brincava dizendo, um dia estarei no palco do The Voice. Então quando o programa veio para o Brasil, assisti e me apaixonei e, com o incentivo do meu esposo, de amigos e familiares, resolvi me inscrever esse ano e deu super certo, graças a Deus!!
OP: Por que escolheu ficar no time da Cláudia Leitte?
Débora: Eu vejo a Claudinha como inspiração. A Claudia é uma mulher linda, talentosa, batalhadora e eu a admiro muito, pois tudo o que ela conseguiu na vida foi na base de muita humildade e gratidão por todos que a ajudaram.
OP: No que você acha que se difere do restante dos integrantes do time da Claudia?
Débora: Todos nós temos histórias e estilos diferentes. Creio que meu diferencial seria levar emoção para o público, adoro me comunicar com eles e quero passar muita energia para eles!
OP: Por que escolheu a música Stronger?
Débora: Stronger foi uma escolha muito pessoal. A frase “ What doesn’t kill you makes you stronger” ajudou a me dar forças em momentos muito complicados e decisivos da minha vida. Virou um mantra para mim.
OP: Você e o Sam Alves estão no mesmo time e há grandes chances de vocês se ‘enfrentarem’ logo na fase das Batalhas. Como vai agir caso isso aconteça?
Débora: Sim, há chances, mas não vejo as batalhas como combates (risos). Vejo como uma forma de levar uma apresentação linda para quem está assistindo. Se for com Sam, vai ser ótimo também, pois no fim, o Ceará estará ganhando!
OP: Durante o vt do programa, você disse que já faz 6 anos que mora em Sampa. O que mais sente falta da sua cidade natal?
Débora: Adotei São Paulo como minha cidade de coração, mas minhas raízes estão todas em Fortaleza. Amigos, família o lindo mar verde, sinto falta e tenho muito orgulho de onde nasci.
OP: Pretende algum dia voltar de vez para Fortaleza?
Débora: Uma certeza eu tenho, nunca abandonarei para sempre minha terra. Mas eu costumo dizer que vou para aonde a música me levar .
OP: Antes de entrar no programa, já estava engajada em outros planos para o futuro?
Débora: Sim, eu já estava divulgando a música Someone Like Me do meu trabalho autoral com o grupo eletrônico Shameless.
OP: Você atualmente canta na banda Shameless. Prentende continuar investindo nela independentemente do resultado do programa?
Débora: Sou cantora e compositora do grupo junto com os Djs Leo Breanza e Van Basthen. Shameless é um trabalho meu, eu sou compositora de todas as músicas. Portanto é tipo um filho, e filho não tem como abandonar, né? Mas não significa que estou fechada para outras parcerias e projetos.
MARCOS LESSA
Marcos Lessa nasceu em 1991 e desde então já começou a ter a música como parte de sua vida. Seu primeiro contato físico com a música foi aos dez anos quando ganhou um teclado de seu pai e também músico Célio Lessa e dois anos depois já compunha a sua primeira canção. Em 2007 conheceu Manasses, que pode ser considerado como o seu padrinho musical. A partir desse encontro, as portas se abriram para Marcos, que passou a abrir shows de artistas importantes, como Chico César, Zeca Baleiro e Daniela Mercury; cantar o Hino Nacional Brasileiro em sessão solene realizada na Câmara dos Deputados de Brasília, além de prêmios em festivais.
O POVO: Quando se descobriu músico?
Marcos Lessa: Desde pequeno aqui em casa tivemos uma relação muito forte. Meu pai é músico erudito, da primeira formação do grupo Sintagma e sempre teve muita influência aqui em casa. Com dez anos eu pedi um teclado de presente do meu pai e eu comecei a estudar, ter aula de teclado, piano clássico. Estudei até os 13 anos e com 20 anos eu comecei a trabalhar com o Manassés lá no Festival de Jazz & Blues (de Guaramiranga). Eu estava do lado de fora do teatro e ele (Manassés) pediu pra eu cantar, dar uma canja e ele gostou muito da minha voz e me chamou pra trabalhar com ele. Foi ele que me lançou, que me apresentou pra cena musical cearense. Devo minha carreira musical cearense a ele.
OP: Por que optou em participar do The Voice?
Marcos: Estava sentindo que tava com o crescimento grande no Ceará, mas não queria ficar só aqui dentro e vi no The Voice como uma grande oportunidade de chegar na casa das pessoas de todo o Brasil.
OP: Há alguma estratégia para conquistar tanto o técnico quando o público?
Marcos: Acho que a grande estratégia é conquistar as pessoas. A Globo dá pra gente várias oportunidades de contato com o público do Brasil. Não quero poupar mesmo no carisma, porque a gente tem que conquistar o povo porque na batalha quem vai escolher as vozes é o grande público. Quero conquistar as pessoas com a defesa da MPB. Tem muita gente cantando tudo e o meu diferencial é esse de ser defensor da MPB.
Créditos: Jornal O Povo
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