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22 de setembro de 2013

The Voice Brasil volta com tudo e no horário nobre


O famoso botão vermelho só começaria a ser apertado no dia seguinte, mas as mãos de Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Daniel e Lulu Santos já tremiam. Às vésperas do início das gravações do “The Voice Brasil”, que estreia sua segunda temporada no dia 3 de outubro, os jurados demonstram certa inquietação por voltarem a ocupar as poltronas giratórias do reality. Não é para menos. No programa, que busca a maior voz do país, o futuro de mais de cem cantores passa, literalmente, pelas mãos deles.

— Eu me vejo numa situação difícil. Já passei por muitos júris, tive a honra de ganhar alguns festivais e perdi outros. Você está diante de uma história, de um sonho de vida, enfim, é complicado — analisa Daniel.

Para Claudia Leitte, o desafio será ainda maior devido ao sucesso de audiência alcançado no ano passado, que deu grande visibilidade aos candidatos.

— Nessa temporada veremos mais profissionais. Vai aumentar a dificuldade, mas a gente pegou a manha — diz a loura, adiantando que irá avaliar com mais rigor a atuação e o figurino dos participantes.

A atração musical volta à telinha com algumas novidades. Em vez de ir ao ar nas tardes de domingo, o reality passará a ser exibido às quintas-feiras, logo após a novela “Amor à Vida”.

— Agora será mais chique. Vamos abusar do longo e do terninho — diverte-se Claudia.

Já o apresentador Tiago Leifert faz uma leitura mais sóbria sobre a mudança de horário.

— Todas as versões internacionais do “The Voice”, até na Ucrânia, são transmitidas no horário nobre. Domingo à tarde também era um horário importante, e a gente sempre fez com o máximo empenho, mas agora o impacto será maior porque vai ter muito mais gente assistindo.

As novidades não param aí: um octógono — semelhante aos utilizados no UFC — vai substituir o ringue onde aconteciam as batalhas, os competidores terão uma fase surpresa e a interação entre internautas e candidatos passará a ser feita por Miá Mello e não mais Dani Suzuki.

— Eu adoraria cantar, mas garanto que não sou uma candidata em potencial do “The Voice” — brinca Miá, que explica sua função: — Vou acompanhar o dia a dia dos candidatos, apresentar boletins e entrar ao vivo.

Até a direção geral do programa sofreu mudanças: no lugar de Carlos Magalhães, entraram Rodrigo Dourado e Creso Macedo. Entre tantas novidades, o que surpreendeu foi a preservação da bancada de jurados. Ao longo da primeira temporada, houve um burburinho sobre a possível saída de Lulu Santos do time, por desentendimentos com a produção e direção, e o nome de Caetano Veloso, que havia sido convidado para a primeira temporada, voltou a ser cogitado para a poltrona.

— Para mim, a equipe é uma delícia, tem uma química gostosa. Lulu tem uma energia enorme, é sensacional — diz Carlinhos Brown.

A interação funciona tão bem, garante o baiano, que o quarteto está prestes a entrar em estúdio para gravar um álbum em grupo.

— A ideia já existe, as agendas é que ainda não combinaram. Mas não deve demorar muito. A gente faz música no corredor, brinca nos bastidores. A gente esculhamba, é muito bacana.

A segunda temporada do “The Voice Brasil” chega com um grande desafio: alavancar a carreira dos artistas participantes, principalmente a de quem vencer a competição, o que não aconteceu ano passado. Eleita a grande voz do programa, a brasiliense Ellen Oléria lançou seu primeiro disco recentemente, há dois meses, mas não decolou.

— Do ano passado para cá, só tivemos dois artistas que aconteceram no Brasil: Naldo e Anitta. Em compensação, quantos hits internacionais viraram sucesso por aqui? Isso é um problema grave dentro da quantidade de talento que o público está vendo. O “The Voice” vem para mexer com a autoestima da música brasileira — defende Carlinhos Brown, que faz um apelo: — Não adianta o talento ser revelado e depois voltar para o mesmo lugar. Os artistas saem livres do programa. Os produtores e o público precisam investir neles.

Responsável pela mediação do reality, Tiago Leifert talvez seja o mais ansioso pelo retorno da atração. Afastado da telinha há dez dias para se recuperar de uma cirurgia no joelho — “Vocês vão me ver um pouco mais magro, mas está tudo certo”, garante ele —, o apresentador viu aumentar ainda mais seu desejo de voltar à labuta.

— Não aguento mais esperar. Me prometeram que seria em julho (o retorno do “The Voice”) e a gente já está em outubro. Demorou demais! — diz.

O apresentador, que antes de ser convidado para comandar o reality musical era conhecido apenas pelas coberturas esportivas na Rede Globo, explica que a oportunidade caiu como um presente para ele.

— Eu amo esporte, mas amo muito mais a TV. Se algum dia acabarem todos os clubes de futebol do planeta, eu vou continuar na telinha — graceja o rapaz, que acrescenta: — Nunca tinha me imaginado num reality antes, mas foi uma das minhas maiores alegrias poder sair do esporte e apresentar outro tipo de programa na televisão.

Ao pisar pela primeira vez no palco do “The Voice Brasil”, no entanto, Tiago logo traçou semelhanças entre a disputa musical e a cobertura esportiva.

— Acho que tem uma grande semelhança na questão da competitividade. A diferença é que, no “Globo Esporte”, falo sobre um jogo que aconteceu no dia anterior e já acabou. No “The Voice Brasil”, estou no meio do jogo, tendo que saber quando interromper e quando ficar quieto.

A atuação de Tiago Leifert não será diferente na segunda temporada do reality. Ele é responsável por mediar a disputa, ditando o ritmo e o tempo da fala dos jurados. Para o apresentador, dessa vez quem vai brilhar na bancada é Claudia Leitte.

— Ano passado ela tinha acabado de ter filho, se emocionava muito. Acho que ela vem diferente nessa temporada.

Fonte: Extra

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